Contos de dragões.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013


Texto meu, postado no blog Curta Crônica.

"A vida é feita de fases e é inevitável passar por momentos difíceis, momentos que requerem um pouco mais de força de vontade e imaginação, que te fazem levantar a espada e enfrentar o dragão, desmascarar a bruxa e suar um pouquinho (ou muito) procurando uma solução. Deveria eu reclamar da minha história por topar com dragões o tempo todo?..."

Para continuar a ler: Contos de dragões.

Caminhando.

terça-feira, 17 de setembro de 2013



E a vida se abre em um novo caminho…

Primeiro a proposta, uma felicidade repentina... Comemoração... E então um medo desses que travam tudo: a respiração, a inspiração, a opinião…

Fiquei sem saber o que dizer, o que escrever… Preferi abster-me do tema. A bagunça de sentimentos foi enorme e explodiu em mistos de sentimentos e ondas entre positivo e negativo.

Depois de todo fim...

terça-feira, 10 de setembro de 2013


É com muita honra que anuncio fazer parte da equipe do "Curta Crônicas". Um blog feito por cronistas muito talentosos e que há algum tempo eu acompanho.

Minha estréia foi com a crônica "Depois de todo fim..."

E tenho orgulho de dizer que a repercussão dela foi tão boa que essa crônica foi publicada no jornal impresso "Diário de notícias", de Linhares - ES. http://po1.dominiotemporario.com/Diariodenoticias/DN-101.pdf

Boa leitura!

Depois de todo fim...

Senti um espaço em branco, procurei pelo parágrafo após o ponto final e não o achei - justo eu que não sou de me deprimir, que na maioria das vezes enxergo o copo meio cheio, não soube o que fazer com a metade vazia. Um vento frio de beira de abismo, de neblina que turva a vista e faz diminuir o passo até quase parar, em função de pensar na direção a seguir, uma caneta apreensiva na mão do poeta, esperando por inspiração. Um vazio de fim de caminho, de começo de estrada desconhecida.

Entre o fim de uma jornada e o começo de outra, existe um espaço sem preenchimento, um intervalo reticente. É o bicho papão da maioria dos adultos, tira o sono e desespera, surge da boca do estômago e espalha-se pelo corpo num buraco negro de tensão, espalha-se pelo quarto, que fica tomado de sua presença, criando noites em claro. Fim... E agora?

Foi assim ao terminar a faculdade e ao perder o emprego, foi assim ao mudar de país e ter tanta coisa nova pra ver e fazer que, ao mesmo tempo, parecia não ter nenhuma opção... Mudar abriu espaço para toda uma nova vida, um vazio de princípio a ser preenchido com muita calma e atenção.

Foi no primeiro aniversário que passei sozinha, que me senti insignificante. Todo ano acostumada a viver grandes festas, ainda mais eu, que faço aniversário quase junto com meu irmão, que sempre dividi as comemorações com ele... Era uma data nossa! Uma data unida, uma festa em casa, feita pra comemorar o milagre da vida: os filhos de meus pais que marcavam presença no mundo. Sozinha não parecia tão importante para o mundo. Faltou-me a metade. Foi assim passar o natal longe, o carnaval, a festa junina e até o fim de semana sem churrasco e grande família... Tradições que mudam abrem espaço, criam uma necessidade de aderência a novos costumes. Abrem seus olhos para o mundo à procura de qualquer coisa que se possa adotar como sua. Colocam-te atenta às minúcias e aos porquês. Mudam sua opinião.

Ao mudar-me para a Hungria, abri um novo livro, inteirinho em branco. Construí-me em um universo paralelo. Levou muito tempo para sentir minha alma completa do jeito que é hoje, mas mesmo depois de muitos anos preenchendo espaços, um a um, com a nova vida húngara, nova vida de casada, depois com a vida de mãe – um tapa-buraco imenso, que deixa o coração tão grande que mal sobra espaço pra buraco negro entrar - às vezes topo com uma falha aberta, algo que ainda preciso preencher.

Não sei, por exemplo, como tapar o buraco de ter terminado de escrever meu livro. Ele estava cheio com ideias a serem transcritas, cheio de empolgação com a convivência dos fatos narrados... Foi uma vida paralela que acabou de uma hora para outra, em três letras: FIM. O que se faz depois do fim? Como se os dedos tivessem entrado em greve e assumido o sentido da última palavra, recusaram-se a começar um novo parágrafo, sobre qualquer tema que fosse. Fui abandonada nas páginas em branco da minha inspiração e bem lentamente procuro trazê-la de volta, convencendo-a de que há espaço depois das três letras fatais.

Boba como sou, sinto pequenos vazios até em coisas cotidianas, como o fim de um bom livro. Como é triste fechar a última página daquele livro que foi o melhor que li em meses! E como é triste pensar que sentirei um vazio por um bom tempo, ao ler outros que não irão me tocar da mesma forma! Meus relacionamentos com livros bons são duradouros, protelo o final lendo pouco por dia e apenas em dias de total concentração e dedicação a ele. Loucura? Não! Fuga do vazio!

Percebi que o ápice da realização é feito de uma grande alegria e seguido de uma maré de vazio inundando a alma. Algo parecido é o que as noivas sentem ao sair da igreja: anos de preparação e sonhos se foram com o buquê jogado para trás. Quanto maior o sonho realizado, maior a sensação de falta que ele faz. Os sonhos nos movem e é natural que aconteça uma parada ao chegarmos àquele destino. Nada de pânico! É hora de procurar novos objetivos, novos sonhos, novos caminhos.

O vazio. É inevitável senti-lo, pois sempre existirão espaços reticentes de fim da história, de sonhos realizados e mudanças bruscas, sempre haverá um espaço para um novo começo, para novos objetivos. Não há porque teme-lo, ele faz parte da nossa alma sem fundo, sem limites, ele é apenas uma pausa, o mensageiro do novo, algo para revoltar as águas paradas e fazer acontecer, é a folha em branco esperando por uma nova história: um poema, um romance, uma aventura... Pode escolher, a página é sua! Se está vazia, preencha!

FIM.

...

E agora? O que vai escrever?

 

Um passeio em Pécs, na Hungria.


Texto meu no blog Hiper Básico, falando um pouco sobre essa linda cidade onde vivo: Pécs.
Boa viagem!

Passeios em Budapeste


No blog "Brasileiras pelo mundo", um passeio por Budapeste em 2 textos meus.
Boa viagem!