Sol, calor, brilho, vida, sorrisos... Costumo dizer que sou movida a energia solar. Sempre amei o verão, mesmo enquanto morava no Brasil e via o sol brilhando alto e forte até mesmo no inverno, ininterrupto, exceto pela noite, mesmo com sua força excessiva, ardida e teimosa. Agora, aqui na Hungria, sou ainda mais devota a esse astro maravilhoso, já que passo meses vendo-o fraquinho, bem de longe, acenando com seus poucos raios, que chegam a minha pele tocando tão de leve, que mal se percebe sua presença em contraste com o branco da neve e os ventos frios. Esses me tocam com mais rapidez e fazem uma barreira congelada aos brilhos, intimidando, fazendo com que seus raios reflitam e dêem meia volta no tapete branco e silencioso, de natureza morta. Quando a neve se rende ao seu calor insistente e ele aparece com sua força, matando minha saudade de seu toque quente e acolhedor, me enche de sua energia e vida.
Você pode até dizer que não gosta de sol, que te deixa vermelha na praia ou que o excesso de calor te sufoca, mas quando esse calor te deixa de visitar por um bom tempo, não é apenas incômodo, como sua presença insistente, torna-se triste e insuportável. Sol reapareça, nunca mais direi que não gosto de seu calor! Eu não digo mesmo! Acordo de manhã com um sol queimando meu rosto, que vai até as dez da noite, e sorrio durante o dia todo, me esbaldando da sua claridade e alegria. Sua ausência é fria, cinzenta e triste. Por mais que seja elegante, o frio não pode ser comparado à sua grandeza e vida.
As crianças estão bricando o dia todo fora de suas casas, as pessoas sorrindo, algumas com os olhos fechados, faces viradas em sua direção, sentindo seu toque, os animais pulam e correm pelo jardim, as plantas se abrem para dar-lhe boas vindas, borboletas fazem-lhe uma coreografia ao som dos passarinhos, que cedem a música, tão querido por tudo o que vive e brilha. A água também tem seu jeito de contemplá-lo, refletindo sua claridade e dando seu próprio brilho como presente de despedida, todos os dias ao seu breve momento de ausência, as lantejolas douradas logo se transformam em prateadas na água e a lua brilha brevemente em seu lugar, para que aos olhos de quem vê, não lhe falte um motivo para contemplar o céu, para que sempre haja fonte de inspiração ao poeta, ao pintor, ou aos apaixonados...
O sol aquece o dia todo com propósito de que as noites sejam quentes o suficiente, para que a menina sonhadora debruce com a cabeça para fora da janela, no ar morno e de leve brisa, balançando seus cabelos, sorriso nos lábios, olhar brilhante e distante, e conte as estrelas, ou forme com elas, pontinho por pontinho, um coração. Para que o moço apaixonado se encorage com o clima gostoso da noite, para fazer serenata, ou show de rock, à sua amada. E quando a menina já cansou de contar, o moço já cantou seu repertório e a noite já começa a esfriar, cai em forma de orvalho as lágrimas de choro prateado, implorando por sua volta: Sol, volte com seu brilho e calor, seu combustível de alegria e sorrisos, que a noite começou com sua inspiração e termina com sua espera!
A maioria dos poemas vão para a lua, que é o que vemos quando toda escuridão reina. O sol, com sua claridade explêndida, ilumina tudo, mostra mil coisas para prestarmos atenção e poucos são os que lembram de contemplá-lo. Eu, que não faço poesia, tento, em meu texto de palavras tortas, fazer-lhe uma homenagem. Escrevendo descubro o porquê de não haverem tantas obras: Qualquer palavra dita ou escrita na sua presença é ofuscada pelo seu brilho, desperdício tentar te descrever, mais brilhante nada pode ser.
COMENTÁRIOS AQUI!:
- Oie querida!
Nossa, a cada dia seus textos melhoram, são textos profissionais, que nos prendem do começo ao fim, extremamente bem redigidos e sem enrolação! Parabéns!!!!
Esse assunto de hoje, na verdade, não consigo concordar com você, e você sabe bem disso né, mas talvez seja porque sempre tenho esse ser quente em minha vida..... talvez um pouquinho menos fosse bom... ahahaha
Mas assim, no papel, como você escreveu, ele não fica tão vilão... mas no meu dia a dia...
ahaha
Um super mega beijo querida!
Juliana - Isso porque você não é poética, hein!? rs rs rs rs
Carol, que texto lindo! De encher os olhos de lágrimas... Sei lá se é porque fico assim tão comovida com a ausência dele. Com a presença de dias nebulosos, frios...
Como sinto falta do sol e da presença de pessoas quentes que acalentam o momento.
Mas tenho esperança e sou assim como essa menina que descreve no texto. Vamos sonhar, contemplar e pedir para o SOL voltar.
Um beijo grande.
Vou adicionar vc lá no skype. Assim nos falamos qualquer dia desses.
E os seus filhos estão curtindo muito os avôs? Depois você conta, hein!. - Oi Carol
Mais uma vez, parabéns pelo post!
E eu concordo com você, quando temos o sol em abundância reclamamos, mas quando não o temos sentimos muito a sua falta.
Eu agradeço a Deus pelo sol, a sensação de felicidade que tenho ao ficar no sol é maravilhosa, é tão completa, e como você diz com ele podemos ver coisas que muitas vezes não reparamos, como a beleza das flores, por exemplo. O Sol por si só já maravilhoso, por isso, também acho que faltam palavras para descrevê-lo.
Adorei o texto Carol!
Beijokas
Livros & Fuxicos - Ju, querida... como te conheço, sabia que você ia falar isso... ahahah Sem bem como sua pele branquinha sofre com o sol do Brasil... :) Mas acredite, melhor com ele lá. Beijinhos!
Celi, Obrigada querida!
A gente que nasceu em lugar de sol constante estranha não tê-lo por perto... :)
Espero poder falar sim com você.
Beijinhos!
Pah Obrigada!!! Estou muito feliz por te ver aqui novamente, você é uma gracinha de pessoa!
Beijinhos!
Carol - Ahhh Carol!!!! Vc é uma POETA, que lindo!!!!
Sei que hoje vc está bem aquecida, pelo Sol e pelo amor de pessoas muito especiais...
Logo estarei aí tb...
Beijos... - Ahh Meire Obrigada!!!! Estamos esperando por vocês e cheios de planos já. Beijinhos!!!
Carol. - Carol! Que texto lindoooo! Você me deixou sem palavras. Engraçado... Eu sempre evito o Sol exatamente porque ele me deixa vermelhinha e eu acabo detestando isso! hahaha
Por isso acabo curtindo bem mais o inverno, o céu nublado... Mas agora lendo o que você escreveu, me pergunto se talvez um dia eu implorasse pra contemplar a beleza desse grande astro caso eu ficasse sem sentir a presença dele por um bom tempo. E eu não duvido nadinha que a resposta fosse sim.
Parabéns!
Beijinhos - Oi Thay!
Que bom que você gostou! É bem diferente do que eu costumo fazer, mas saiu tão naturalmente, tb gostei de escrever isso... Acho que o sol depois do longo inverno inspira as pessoas... rsrsrs Tenho uma prima igual a vc, se queima super fácil e odeia sol... rssrs Ela veio pra cá no inverno e sentiu um pouco o que é o frio... Quem sabe se vc vier me visitar um dia vc fique sabendo a sensação... ;) Beijinhos!
Carol. - ooi Carol! Você sempre uma querida comigo, orbigada!
SAbe, tenho que confessar. Sou avessa ao sol. Não me adapto ao calor e conto os dias para o frio tocar minha pele e para eu poder dormir com 210554121 cobertores. ---*
Mas confesso, que tudo que é demais trás reclamações! Calor demais, não gosto e frio demais, cansa também. (:
Se cuida ai.
beijo. - Oi Ana Flávia!
É, tem bastante gente que conheço que é avessa ao sol, inclusive meu marido, branquelo, não suporta... ahahahh Mas eu sou a energia solar mesmo... rsrsrs E sol de comecinho de verão, com brisa leve, como agora, ainda é bem visto por todos... depois começa a esquentar e só eu mesmo que continuo gostando... ahahhaha
Beijinhos!
Carol.