Pediatria na Hungria

terça-feira, 20 de setembro de 2011


Aqui na Hungria os hospitais e a maioria dos consultórios são pelo plano do governo, é muito raro encontrar médico particular e as pessoas não costumam frequentar particular, já que o do governo é bom, talvez a única diferença seja a decoração, que é mais caprichada, já que a própria pessoa escolhe, mas pra que pagar, quando você já paga o imposto e tem bons serviços por isso?
A escolha de um profissional normalmente é feita pelo local da sua residência, mas você até pode escolher outro, se quiser. Eu, como não conhecia nenhum pediatra, pedi ajuda, mais uma vez, ao meu anjinho que me salvou de todas na gravidez, minha Protetora, que é quem realiza vários exames na época da gravidez e da todos os conselhos após o parto, indo te visitar de tempos em tempos logo que o nenê nasce para ajudar e avaliar o bem estar da criança. Ela indicou a pediatra com quem trabalha junto e coincidentemente, é da minha região.
A primeira consulta foi feita em casa e fiquei muito impressionada em saber que a médica é que vinha nos visitar. Só um mês depois fui ao consultório e mesmo assim, tem um dia especial só para bebês RN que vão pesar e fazer exames de rotina, para não misturar com os doentinhos. Adorei isso!
Nossa pediatra é muito boa, gosto muito dela, mas no começo ela me assustava um pouco, pois qualquer coisinha mandava a gente para um profissional e eu ficava estressada achando que era grave. Depois me acostumei  e vi que é o jeito dela de garantir que tudo esteja correndo perfeitamente bem com a criança. Em alguns casos, assim que eu me assustava com a médica, minha protetora, que é mais mãezona de coração mesmo, vinha atrás de mim depois da consulta e dizia que era normal, contava exemplos e me acalmava. Na verdade corro mais pra minha protetora que para a pediatra. Ela normalmente me acalma em horas de apuro e sempre tem dicas de mãe para dar. Médico é aquilo, quando da um problema vem antibiótico e remédios, que eu não gosto muito, então só levo ao médico em caso de precisar mesmo, ou para tomar vacinas.
Hoje em dia temos uma relação bem amiga com a médica e toda equipe, o que me faz sentir muito bem, não trocaria essa equipe por nada. Quando pensamos em nos mudar para o Brasil, uns anos atrás(coisa que só durou 8 meses lá e não deu certo) fui numa última consulta com ela para ver se estava tudo certo e se meus filhos já tinham todas as vacinas obrigatórias no Brasil e nossa despedida foi bem triste, ela quase que chorou e nós também. Uma das coisas boas de não ter ficado no Brasil é essa assistência que temos aqui, pois chegamos a ligar do Brasil para cá perguntando o que fazer. É muito bom confiar numa equipe.
Algumas vezes sinto que sempre vivi aqui na Hungria, no Brasil estava totalmente perdida quanto a médicos. Aqui eu nasci como mãe e, nesse território, me sinto totalmente em casa. Aprovo e  gosto muito dos profissionais que frequentamos.



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