O Salto

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013



Mergulhada em afazeres e planos, o ano promete ser corrido e cheio de acontecimentos. Por consequência são esperadas algumas realizações também. São sonhos e esperanças de grandes realizações pessoais e profissionais.

Sobre o livro em si, da idéia de escrever um livro sobre o início do relacionamento, que fora bem conturbado, com meu esposo, nasceram velhos pensamentos e acontecimentos que estavam guardados embaixo de todo pó e bagunça do dia-a-dia desses anos que se passaram. A cada cena revivida, uma nova foi puxada: frases, idéias, planos e pequenos gestos, todos trazidos a tona. Desse emaranhado de coisas trazidas ao presente, foi-se esticando um enorme fio de uma história muito maior que a recordada até então. De um ano planejado para ser contado em um livro, eis que estou em duas semanas contadas em mais ou menos trezentas páginas, levando-me a um fim que me surpreendeu! Como é possível isso? Não posso contar ainda, para não estragar a surpresa da história real e íntima que venho contando. Tão íntima que vem me revelando muita coisa. Minha memória tem agido como uma melhor amiga que faz questão de contar e recontar detalhes, fazendo caras e bocas, mostrando de vários ângulos e pontos de vista, pedindo minha compreensão, minha opinião.


Sobre os planos desse ano, a revisão do livro, que tomava apenas um mês na minha agenda de planejamento, tem se tornado um longo processo, com leituras e releituras, períodos de vontade de jogar o livro pela janela e outros de apaixonar-me novamente por cada palavra lembrada. Fechar o livro para a entrega, mostrou-se uma tarefa incrivelmente difícil, já que tenho vontade de mudar frases e termos todo o tempo que leio. Terá fim esse meu trabalho? Terei que reconhecer o ponto de passar a frente e para isso, o prazo é para junho, no meu aniversário.

Sobre a publicação de meu livro, aos interessados, se houverem, prometo procurar editoras ainda esse ano, o que não significa que o livro logo cairá nas mãos de alguém que o leia e dê o devido valor. O processo pode ser demorado. Porém, garanto que, como publicitária formada que sou, tenho planos para que isso aconteça da melhor maneira e quem sabe não lanço aqui na Hungria ao mesmo tempo? Há chances e contatos! Por favor, peço dedos cruzados e um pensamento positivo em meu nome.

Sobre mim, vivo um misto de entusiasmo e desânimo, de euforia e calmarias, inspiração e brancos de deixar qualquer escritora louca... Mas creio ser normal e ainda estar no limite da loucura saudável.

E para amenisar meus ânimos, recarregar minha energia e receber o empurrãozinho que me falta, estarei logo chegando ao Brasil para passar dois agradáveis meses cercada com as palavras da família. Serão tempos de críticas produtivas, de encorajamento para o salto final.

Estendo meus braços e prepáro-me para pular de cabeça, abrir meu jogo e dar a cara a tapa. E o que mais um escritor pode fazer? Se quero ser chamada como tal, que me chamem de louca, que rasguem minhas páginas e que escrevam e falem sobre mim, bem ou mal, mas falem! Leiam-me!
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