Mergulhada em afazeres e planos, o ano promete
ser corrido e cheio de acontecimentos. Por consequência são esperadas algumas
realizações também. São sonhos e esperanças de grandes realizações pessoais e profissionais.
Sobre o livro em si, da idéia de escrever um
livro sobre o início do relacionamento, que fora bem conturbado, com meu
esposo, nasceram velhos pensamentos e acontecimentos que estavam guardados embaixo
de todo pó e bagunça do dia-a-dia desses anos que se passaram. A cada cena
revivida, uma nova foi puxada: frases, idéias, planos e pequenos gestos, todos
trazidos a tona. Desse emaranhado de coisas trazidas ao presente, foi-se esticando
um enorme fio de uma história muito maior que a recordada até então. De um ano
planejado para ser contado em um livro, eis que estou em duas semanas contadas
em mais ou menos trezentas páginas, levando-me a um fim que me surpreendeu!
Como é possível isso? Não posso contar ainda, para não estragar a surpresa da
história real e íntima que venho contando. Tão íntima que vem me revelando
muita coisa. Minha memória tem agido como uma melhor amiga que faz questão de
contar e recontar detalhes, fazendo caras e bocas, mostrando de vários ângulos
e pontos de vista, pedindo minha compreensão, minha opinião.
Sobre os planos desse ano, a revisão do livro,
que tomava apenas um mês na minha agenda de planejamento, tem se tornado um
longo processo, com leituras e releituras, períodos de vontade de jogar o livro
pela janela e outros de apaixonar-me novamente por cada palavra lembrada.
Fechar o livro para a entrega, mostrou-se uma tarefa incrivelmente difícil, já
que tenho vontade de mudar frases e termos todo o tempo que leio. Terá fim esse
meu trabalho? Terei que reconhecer o ponto de passar a frente e para isso, o prazo
é para junho, no meu aniversário.
Sobre a publicação de meu livro, aos
interessados, se houverem, prometo procurar editoras ainda esse ano, o que não
significa que o livro logo cairá nas mãos de alguém que o leia e dê o devido
valor. O processo pode ser demorado. Porém, garanto que, como publicitária
formada que sou, tenho planos para que isso aconteça da melhor maneira e quem
sabe não lanço aqui na Hungria ao mesmo tempo? Há chances e contatos! Por
favor, peço dedos cruzados e um pensamento positivo em meu nome.
Sobre mim, vivo um misto de entusiasmo e
desânimo, de euforia e calmarias, inspiração e brancos de deixar qualquer
escritora louca... Mas creio ser normal e ainda estar no limite da loucura
saudável.
E para amenisar meus ânimos, recarregar minha
energia e receber o empurrãozinho que me falta, estarei logo chegando ao Brasil
para passar dois agradáveis meses cercada com as palavras da família. Serão
tempos de críticas produtivas, de encorajamento para o salto final.
Estendo meus braços e prepáro-me para pular de
cabeça, abrir meu jogo e dar a cara a tapa. E o que mais um escritor pode
fazer? Se quero ser chamada como tal, que me chamem de louca, que rasguem
minhas páginas e que escrevam e falem sobre mim, bem ou mal, mas falem!
Leiam-me!